Monthly Archives: September 2011

Blowin’ in the Wind

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não preciso de muitos pedregulhos

para entender a solidão destes caminhos

nada é tão certo, quanto o farfalhar

dos sentimentos entre arvoredos secos

e sem som…

a frente existe sempre uma aurora

bela.. perfumada..

mas não é minha.. não agora..

acho que nunca..

sopro ao vento o desejo que me consome

a alma, o corpo, a mente

o ser inteiro..

deixo que a amalgama do acaso e fé

façam com que cheguem ao porto que almejo..

estou cansando de quase tudo.

Mas ainda resta um aluvião

ainda resta algum sim

no emaranho dos vários não.

Então, sim .. sopro mais forte.

Sim, anseio seu toque.

sim, espero.. a sorte.

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Sinto cheiro da brisa suave

que serpenteia o calor dos dias…

uma lufada refrescante me invade

braços, dorso, rosto

resfolegar os sentimentos

embaralhar as palavras castas

fazer-se pleno em devaneios…

enganar a distância focal

na turva tentativa do deixa estar..

não consigo.

Quero.

Sua boa a me calar

Por isso, espero…

as estações… à maturar…

 

 

fatO

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Confesso.

Em algum ponto deste trilho

Modifiquei alguns dormentes…

Foi natural, nada previsto.

Uma semente plantada lentamente…

A cada urro dessa maquina fumegante

A cada passada pelos vagões vazios

Serena tranquilidade preenchendo

Os espaços,

Entre uma estrofe ou outra sem sentido.

Um facho, clarão da aurora

Em determinado desvio fez- se visto

Um ramalhete de flores do campo,

Jazia; só…

Cercado por ressequidos espinhos

Das rosas mortas de outrora.

Nenhum aviso.

Nenhum senão.

Apenas um afago

Roçar das mãos.

Pétalas soltas ao vento

Flertes…

Olhares…

Pensamento…

Another Breath

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Sinto o ardor

que enrrubrece meu ser

pujante passar das horas

acalenta os anseios

respiro pó,

deste vento ressequido que me toca

não importa,

o pulso transpassa

acelarado devir do toque que almejo.

Respiro o perfume da silhueta

que em meus devaneios

dançam, carmesim.

Atrever-me

ainda, espero.

incerto

farfalhar de dorsos..

rostos..

sem ar, por ti.