Faço aqui um juramento
Com peito aberto e o coração na bandeja
Deixo a volúpia das coisas instantâneas
E deito-me ao leito do perene.
Contesto o tédio dos ignóbios de fé
Que cegamente caminham em rumos incertos
Carrego incertezas de um futuro não dominado
Porém, repleto de possibilidades de um passado bem semeado.
Ao infinito céu de boca;
Vôo sem destino
Para entre as brisas altas perder a matéria que me constitui
E sentir os acordes do mundo fibrilar meu dorso.
Não deixarei de ousar
Nem mesmo entre os caretas de alma
Jogarei as fichas nesses dados de vinte lados
E serei presente entre os sonetos roucos
Que espalham o rubro mais intenso que o carmim.
Serei festa onde o silencio sepulta a alegria
Serei chuva onde o calor atordoa em demasia
Serei luz onde o ébano se adensa
E ao fim;
Serei esperança de um infinito
Não finito e sempre além.
quando um nó dentro da garganta dificulta que as palavras tomem forma, é bom ver que os pensamentos não são tão egoístas que habitam somente às nossas próprias almas. quando a fé parece incerta, é bom reencontrar pessoas de bem e ver que aparentemente algumas delas persistem no mundo.
foi muito bom te rever ontem.
beijo carinhoso.